Turismo
A Serra da Barriga, principal palco do famoso Quilombo dos Palmares, hoje declarada Património Histórico do Brasil, está a cerca de 6 km da sede do actual município de União dos Palmares. Por ser a terra natal de Jorge de Lima, o príncipe dos poetas alagoanos, dedica um museu à sua memória, a Casa Jorge de Lima. Outro museu a ser visitado é a Casa de Maria Mariá, instalado na antiga residência da historiadora Maria Mariá de Castro Sarmento, onde se pode encontrar variedades de objectos que reflectem a vida na zona da mata alagoana. Vale salientar, também, a presença de comunidades quilombolas remanescentes, sendo a principal delas, a do Muquém, a 5 km do centro da cidade, onde se pode encontrar artesanato variado produzido pela comunidade quilombola que ali vive.
História
Os primeiros indícios de presença humana datam de finais do Século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos actuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram à Serra da Barriga, onde instalaram a sede do Quilombo dos Palmares. O Quilombo dos Palmares foi a primeira tentativa de vida livre promovida pelos trabalhadores africanos nas Américas, surgindo por volta de 1580, durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder, pelas forças comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Tinha uma extensão média de 200 km², englobando terras da zona da mata dos actuais Pernambuco e Alagoas. Inicialmente, quando sede do Quilombo, a localidade chamava-se Cerca Real dos Macacos, provavelmente em referência ao Riacho dos Macacos. Por volta de 1730, o português Domingos de Pino chegou à região, onde construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena. Daí, o primeiro nome oficial do lugar: Vila de Santa María. Já no Império, quando da visita da Imperatriz Leopoldina, mudou-se o nome para Imperatriz, em 1831, quando a vila ganha autonomia administrativa; assim chamou-se até finais do Século XIX. Ao ser inaugurada a estrada-de-ferro, em 1894, outra vez mudou-se o nome da localidade, desta feita para União, devido à união ferroviária entre Alagoas a Pernambuco. Contudo, o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando passou a chamar-se União dos Palmares, em homenagem ao Quilombo dos Palmares.
Mesorregião Leste Alagoano
Microrregião Serrana dos Quilombos
Municípios limítrofes Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara, Branquinha, Joaquim Gomes.
Distância até a capital 76,4 quilômetros
Características geográficas
Área 426 km²
População 60.619 hab. est. 2007
Densidade 139,6 hab./km²
Altitude 155 metros
Clima Tropical
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,600 PNUD/2000
PIB R$ 126.323.000,00 IBGE 2004
PIB per capita R$ 2.133,00 IBGE/2004
O Município de União dos Palmares teve origem em um povoado chamado Macacos, no século XVIII, à margem esquerda do Rio Mundaú. As primeiras habitações surgiram nas proximidades de um cruzeiro denominado "Cerca Real dos Macacos".
O português Domingos de Pino construiu a primeira capela do local, dedicada à Santa Maria Madalena. A povoação passou a ter o nome da padroeira.
As fugas dos negros haviam começado já antes do final do século XVI; mas, se tornaram mais freqüentes e numerosas, durante a ocupação holandesa, pelo conseqüente enfraquecimento do aparelho repressor tradicional
No município se encontra a Serra da Barriga, a oeste da sede do município, local onde reuniram-se os negros para fazer resistência à escravidão. Os escravos fugidos do cativeiro reuniam-se em aldeamentos chamados Quilombos, assim no plural, porque eles foram muitos, e não apenas o situado na Serra da Barriga, que vinha a ser o mais importante, "a capital" dos Palmares, abrigando cerca de trinta mil negros vindos de todos os pontos da capitania.
Zona um tanto afastada do litoral, com terra fértil onde predominavam palmeiras e era cercada por uma cerca alta de pau-a-pique. Os negros viviam das culturas do milho, mandioca, feijão e bananeiras. Possuindo apenas três entradas, cada uma guarnecida por 200 guerreiros. Nestes quilombos existiam armas e munições com as quais foi organizada a república dos Palmares, abrigando, por quase um século, o anseio de liberdade dos negros, sob o comando do rei Ganga-Zumba, o deus da guerra.
Com sua morte, o seu substituto foi Zumbi, rei dos Palmares, possuidor de grande poder espiritual, resistiu a várias expedições militares.
Após três anos de luta, Zumbi foi morto no dia 20 de novembro, data em que hoje se comemora o "Dia Nacional da Consciência Negra". A extinção da República dos Palmares deve-se a Domingos Jorge Velho, que durante meses perseguiu os escravos, até a batalha final, quando saiu vitorioso. Existe um fato que até hoje deixa dúvidas: a História afirma que na batalha final, quando o chefe dos quilombos, Zumbi, se viu dominado, atirou-se de um despenhadeiro. Alguns historiadores atestam que o mesmo foi preso e morto pelos bandeirantes chefiados por Domingos Jorge Velho. O crescimento do lugar provocou seu desmembramento no município de Atalaia, a 13 de outubro de 1831, através do decreto do Governo Geral. Em seguida, foi criada a Vila Nova Imperatriz elevada à categoria de cidade pela lei 1.113, de 20 de agosto de 1889.
A denominação União surgiu no ano de 1890, e teve origem no fato da cidade ser o elo entre as estradas de ferro de Alagoas e Pernambuco. Em 1944, ocorreu a mudança definitiva para União dos Palmares, homenagem aos Quilombos.
Símbolo da resistência negra, União dos Palmares guarda uma das mais belas páginas da História do Brasil. Foi neste município que os negros construíram a república independente do Quilombo dos Palmares, cujo objetivo era a libertação do negro escravo. A serra da Barriga é o marco vivo da resistência negra pela liberdade e é justamente nesta serra que estás implantado o Parque Nacional de Zumbi.
O município de União dos Palmares é um dos mais tradicionais e conhecidos do Estado, pelos acontecimentos históricos que ali foram registrados, como a formação da república dos escravos, com milhares de negros, que tinham como chefe o "Zumbi", também fugitivo da escravidão.
Clima
Tropical quente úmido
Padroeira
Santa Maria Madalena
Situação Geográfica
Microrregião da mata alagoana. Limites com Santana do Mundaú, Branquinha, Joaquim Gomes, Ibateguara e São José da Laje. 135 metros acima do nível do mar.
Eleitorado
25.464 eleitores
Distância de Maceió
76,8 Km
PASSEIO TURISTICO
Casa do poeta Jorge de Lima A casa do Poeta Jorge de Lima, um dos principais escritores do Estado de Alagoas, é sede da atual Secretaria Municipal de Cultura e em seu interior guarda-se mais de 2.000 obras do famoso escritor natural da cidade, além de diferentes exposições de artistas locais.
Casa de Maria Mariá A casa de Maria Mariá é hoje em dia um grande atrativo cultural da história da cidade. No seu interior exibem-se objetos e móveis de princípios do século XIX que mostram um pouco da cultura e hábitos dos seus antepassados. Foi fundado por Segundo Paulo Sarmento, sobrinho da conhecida historiadora.
Quilombo dos Palmares O Quilombo dos Palmares também conhecido como Quilombo do Brasil e símbolo da resistência negra contra a escravidão, é a maior comunidade de negros que instalaram-se na Serra da Barriga, no interior do Parque Nacional de Zumbi, para lutar contra a escravidão. Chegou a alcançar os 30.000 habitantes.
Serra da Barriga A Serra da Barriga foi o lugar onde nasceu o Quilombo do Brasil, também chamado Quilombo dos Palmares, povoado que resistiu durante vários séculos à escravidão dos negros no Brasil. No seu interior merece especial destaque o Parque Nacional de Zumbi.
Parque Nacional de Zumbi O Parque Nacional de Zumbi, palco da resistência negra contra a escravidão está localizado no interior da Serra da Barriga a 5km da cidade. Foi fundado em homenagem ao líder negro Zumbi que liderou o famoso Quilombo dos Palmares.
História Geografia Localização Economia
O município de União dos Palmares teve origem em um povoado chamado Macacos, nos século XVIII, à margem esquerda do rio Mundaú. As primeiras habitações surgiram nas proximidades de um cruzeiro denominado Cerca Real dos Macacos. O português Domingos de Pino construiu a primeira capela do local, dedicada a Santa Maria Madalena. A povoação passou a ter o nome da Padroeira. Na Serra da Barriga, a oeste da sede do município, reuniram-se os negros rebeldes contra a escravidão. Eles formaram o célebre Quilombo dos Palmares, abrigando, por quase um século, o anseio de liberdade dos negros. O crescimento do lugarejo provocou seu desmembramento do município de Atalaia, a 13 de outubro de 1831, através do Decreto do Governo Geral. Em seguida, foi criada a Vila Nova Imperatriz, sendo elevada à categoria de cidade através da Lei n°. 1.113, de 20 de agosto de 1889. A denominação União surgiu através do Decreto n°. 46, de 25 de setembro de 1890, e teve origem no fato da cidade ser o elo entre as estradas de ferro de Alagoas e Pernambuco. Em 1944 ocorreu a mudança definitiva para União dos Palmares.
Área Total: 427,8 km2
Distância da Capital: 80 km
Clima: temperado
Limites: Branquinha; Ibateguara; Joaquim Gomes; Santana do Mundaú; São José da Laje.
Fonte: Governo do Estado de Alagoas, site: itec.al.gov.br/municípios e Anuário Estatístico de Alagoas (2002).
Parque Memorial Quilombo dos Palmares é inaugurado no dia 19 de novembro
(14/11/2007 - 12:06)
Brasília, 14/11/07 - O Parque Nacional Quilombo dos Palmares será inaugurado em cerimônia solene no próximo dia 19 de novembro (segunda-feira) às 11h, com a presença do ministro de Estado da Cultura, Gilberto Gil, autoridades de Alagoas, líderes do Movimento Negro e também quilombolas de diversos estados brasileiros. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares, erguido no Sítio Histórico da Serra da Barriga, em União dos Palmares, Alagoas, distante 92 quilômetros de Maceió, atende a uma reivindicação de mais de 25 anos da comunidade afro-brasileira. A construção do Parque contou com apoio do Ministério da Cultura/ Fundação Cultural Palmares, Ministério do Turismo, Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), num total investido de R$ 2 milhões. Tudo para garantir a acolhida de atividades culturais e pedagógicas durante todo o ano, além de estimular e fortalecer as atividades dos grupos afro-culturais instalados em Alagoas e Região.
Quilombolas e religiosos de Matriz Africana em encontro nacional:
Remanescentes dos quilombos de vários estados do país e lideranças de religiões de matriz africana participam, a partir do próximo domingo, 18 de novembro, do Encontro Nacional de Comunidades Tradicionais: Quilombolas e Religiosos de Matriz Africana. O evento é uma realização da Fundação Cultural Palmares/MinC e será aberto, às 8h, com uma conferência sobre os Novos Instrumentos Administrativos para a emissão da Certidão de Auto-Reconhecimento e Regularização Fundiária dos Territórios Quilombolas. O painel contará com a presença de procuradores federais lotados na Fundação Cultural Palmares/MinC e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Outros destaque para o primeiro dia de programação ficam por conta de mais dois painéis. Um tratando sobre os Desafios e Necessidades de Pessoas Idosas nas Comunidades Quilombolas, a ser ministrado pelo médico Vitor Jorge Woytuski Brasil, da Fundação de Apoio e Valorização do Idoso. O profissional é mestre em Ciências, especializado em Saúde Coletiva, Educação em Saúde e em Gerontologia. No mesmo dia, outro painel irá tratar de Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas, o qual terá a participação de representantes da coordenação do Programa Brasil Quilombola, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Ministério do Meio Ambiente e Fundação Cultural Palmares. No dia 20 de novembro, o encontro segue com plenárias em torno da Organização Política das Comunidades Quilombolas, Constitucionalidade, Controle e Legitimidade das Comunidades Quilombolas e Plantas Medicinais e Sagradas.
Infra-estrutura:
O Parque Memorial Quilombo dos Palmares possui área construída de aproximadamente 10 mil metros quadrados. Está situado na área de 280 hectares da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares. A área da Serra da Barriga é tombada através do Decreto 95.855, de 21 de março de 1988 e é de responsabilidade e zeladoria do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares/MinC. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares conta com total estrutura: áreas de apoio ao visitante, locais para contemplação, restaurante, mirantes, uma réplica do Palácio onde viveu Zumbi dos Palmares, cabanas indígenas e fartas informações sobre o significado e a importância das lutas e experiências ali realizadas ao longo dos últimos 300 anos.
A Serra da Barriga, principal palco do famoso Quilombo dos Palmares, hoje declarada Património Histórico do Brasil, está a cerca de 6 km da sede do actual município de União dos Palmares. Por ser a terra natal de Jorge de Lima, o príncipe dos poetas alagoanos, dedica um museu à sua memória, a Casa Jorge de Lima. Outro museu a ser visitado é a Casa de Maria Mariá, instalado na antiga residência da historiadora Maria Mariá de Castro Sarmento, onde se pode encontrar variedades de objectos que reflectem a vida na zona da mata alagoana. Vale salientar, também, a presença de comunidades quilombolas remanescentes, sendo a principal delas, a do Muquém, a 5 km do centro da cidade, onde se pode encontrar artesanato variado produzido pela comunidade quilombola que ali vive.
História
Os primeiros indícios de presença humana datam de finais do Século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos actuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram à Serra da Barriga, onde instalaram a sede do Quilombo dos Palmares. O Quilombo dos Palmares foi a primeira tentativa de vida livre promovida pelos trabalhadores africanos nas Américas, surgindo por volta de 1580, durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder, pelas forças comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Tinha uma extensão média de 200 km², englobando terras da zona da mata dos actuais Pernambuco e Alagoas. Inicialmente, quando sede do Quilombo, a localidade chamava-se Cerca Real dos Macacos, provavelmente em referência ao Riacho dos Macacos. Por volta de 1730, o português Domingos de Pino chegou à região, onde construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena. Daí, o primeiro nome oficial do lugar: Vila de Santa María. Já no Império, quando da visita da Imperatriz Leopoldina, mudou-se o nome para Imperatriz, em 1831, quando a vila ganha autonomia administrativa; assim chamou-se até finais do Século XIX. Ao ser inaugurada a estrada-de-ferro, em 1894, outra vez mudou-se o nome da localidade, desta feita para União, devido à união ferroviária entre Alagoas a Pernambuco. Contudo, o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando passou a chamar-se União dos Palmares, em homenagem ao Quilombo dos Palmares.
Mesorregião Leste Alagoano
Microrregião Serrana dos Quilombos
Municípios limítrofes Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara, Branquinha, Joaquim Gomes.
Distância até a capital 76,4 quilômetros
Características geográficas
Área 426 km²
População 60.619 hab. est. 2007
Densidade 139,6 hab./km²
Altitude 155 metros
Clima Tropical
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,600 PNUD/2000
PIB R$ 126.323.000,00 IBGE 2004
PIB per capita R$ 2.133,00 IBGE/2004
O Município de União dos Palmares teve origem em um povoado chamado Macacos, no século XVIII, à margem esquerda do Rio Mundaú. As primeiras habitações surgiram nas proximidades de um cruzeiro denominado "Cerca Real dos Macacos".
O português Domingos de Pino construiu a primeira capela do local, dedicada à Santa Maria Madalena. A povoação passou a ter o nome da padroeira.
As fugas dos negros haviam começado já antes do final do século XVI; mas, se tornaram mais freqüentes e numerosas, durante a ocupação holandesa, pelo conseqüente enfraquecimento do aparelho repressor tradicional
No município se encontra a Serra da Barriga, a oeste da sede do município, local onde reuniram-se os negros para fazer resistência à escravidão. Os escravos fugidos do cativeiro reuniam-se em aldeamentos chamados Quilombos, assim no plural, porque eles foram muitos, e não apenas o situado na Serra da Barriga, que vinha a ser o mais importante, "a capital" dos Palmares, abrigando cerca de trinta mil negros vindos de todos os pontos da capitania.
Zona um tanto afastada do litoral, com terra fértil onde predominavam palmeiras e era cercada por uma cerca alta de pau-a-pique. Os negros viviam das culturas do milho, mandioca, feijão e bananeiras. Possuindo apenas três entradas, cada uma guarnecida por 200 guerreiros. Nestes quilombos existiam armas e munições com as quais foi organizada a república dos Palmares, abrigando, por quase um século, o anseio de liberdade dos negros, sob o comando do rei Ganga-Zumba, o deus da guerra.
Com sua morte, o seu substituto foi Zumbi, rei dos Palmares, possuidor de grande poder espiritual, resistiu a várias expedições militares.
Após três anos de luta, Zumbi foi morto no dia 20 de novembro, data em que hoje se comemora o "Dia Nacional da Consciência Negra". A extinção da República dos Palmares deve-se a Domingos Jorge Velho, que durante meses perseguiu os escravos, até a batalha final, quando saiu vitorioso. Existe um fato que até hoje deixa dúvidas: a História afirma que na batalha final, quando o chefe dos quilombos, Zumbi, se viu dominado, atirou-se de um despenhadeiro. Alguns historiadores atestam que o mesmo foi preso e morto pelos bandeirantes chefiados por Domingos Jorge Velho. O crescimento do lugar provocou seu desmembramento no município de Atalaia, a 13 de outubro de 1831, através do decreto do Governo Geral. Em seguida, foi criada a Vila Nova Imperatriz elevada à categoria de cidade pela lei 1.113, de 20 de agosto de 1889.
A denominação União surgiu no ano de 1890, e teve origem no fato da cidade ser o elo entre as estradas de ferro de Alagoas e Pernambuco. Em 1944, ocorreu a mudança definitiva para União dos Palmares, homenagem aos Quilombos.
Símbolo da resistência negra, União dos Palmares guarda uma das mais belas páginas da História do Brasil. Foi neste município que os negros construíram a república independente do Quilombo dos Palmares, cujo objetivo era a libertação do negro escravo. A serra da Barriga é o marco vivo da resistência negra pela liberdade e é justamente nesta serra que estás implantado o Parque Nacional de Zumbi.
O município de União dos Palmares é um dos mais tradicionais e conhecidos do Estado, pelos acontecimentos históricos que ali foram registrados, como a formação da república dos escravos, com milhares de negros, que tinham como chefe o "Zumbi", também fugitivo da escravidão.
Clima
Tropical quente úmido
Padroeira
Santa Maria Madalena
Situação Geográfica
Microrregião da mata alagoana. Limites com Santana do Mundaú, Branquinha, Joaquim Gomes, Ibateguara e São José da Laje. 135 metros acima do nível do mar.
Eleitorado
25.464 eleitores
Distância de Maceió
76,8 Km
PASSEIO TURISTICO
Casa do poeta Jorge de Lima A casa do Poeta Jorge de Lima, um dos principais escritores do Estado de Alagoas, é sede da atual Secretaria Municipal de Cultura e em seu interior guarda-se mais de 2.000 obras do famoso escritor natural da cidade, além de diferentes exposições de artistas locais.
Casa de Maria Mariá A casa de Maria Mariá é hoje em dia um grande atrativo cultural da história da cidade. No seu interior exibem-se objetos e móveis de princípios do século XIX que mostram um pouco da cultura e hábitos dos seus antepassados. Foi fundado por Segundo Paulo Sarmento, sobrinho da conhecida historiadora.
Quilombo dos Palmares O Quilombo dos Palmares também conhecido como Quilombo do Brasil e símbolo da resistência negra contra a escravidão, é a maior comunidade de negros que instalaram-se na Serra da Barriga, no interior do Parque Nacional de Zumbi, para lutar contra a escravidão. Chegou a alcançar os 30.000 habitantes.
Serra da Barriga A Serra da Barriga foi o lugar onde nasceu o Quilombo do Brasil, também chamado Quilombo dos Palmares, povoado que resistiu durante vários séculos à escravidão dos negros no Brasil. No seu interior merece especial destaque o Parque Nacional de Zumbi.
Parque Nacional de Zumbi O Parque Nacional de Zumbi, palco da resistência negra contra a escravidão está localizado no interior da Serra da Barriga a 5km da cidade. Foi fundado em homenagem ao líder negro Zumbi que liderou o famoso Quilombo dos Palmares.
História Geografia Localização Economia
O município de União dos Palmares teve origem em um povoado chamado Macacos, nos século XVIII, à margem esquerda do rio Mundaú. As primeiras habitações surgiram nas proximidades de um cruzeiro denominado Cerca Real dos Macacos. O português Domingos de Pino construiu a primeira capela do local, dedicada a Santa Maria Madalena. A povoação passou a ter o nome da Padroeira. Na Serra da Barriga, a oeste da sede do município, reuniram-se os negros rebeldes contra a escravidão. Eles formaram o célebre Quilombo dos Palmares, abrigando, por quase um século, o anseio de liberdade dos negros. O crescimento do lugarejo provocou seu desmembramento do município de Atalaia, a 13 de outubro de 1831, através do Decreto do Governo Geral. Em seguida, foi criada a Vila Nova Imperatriz, sendo elevada à categoria de cidade através da Lei n°. 1.113, de 20 de agosto de 1889. A denominação União surgiu através do Decreto n°. 46, de 25 de setembro de 1890, e teve origem no fato da cidade ser o elo entre as estradas de ferro de Alagoas e Pernambuco. Em 1944 ocorreu a mudança definitiva para União dos Palmares.
Área Total: 427,8 km2
Distância da Capital: 80 km
Clima: temperado
Limites: Branquinha; Ibateguara; Joaquim Gomes; Santana do Mundaú; São José da Laje.
Fonte: Governo do Estado de Alagoas, site: itec.al.gov.br/municípios e Anuário Estatístico de Alagoas (2002).
Parque Memorial Quilombo dos Palmares é inaugurado no dia 19 de novembro
(14/11/2007 - 12:06)
Brasília, 14/11/07 - O Parque Nacional Quilombo dos Palmares será inaugurado em cerimônia solene no próximo dia 19 de novembro (segunda-feira) às 11h, com a presença do ministro de Estado da Cultura, Gilberto Gil, autoridades de Alagoas, líderes do Movimento Negro e também quilombolas de diversos estados brasileiros. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares, erguido no Sítio Histórico da Serra da Barriga, em União dos Palmares, Alagoas, distante 92 quilômetros de Maceió, atende a uma reivindicação de mais de 25 anos da comunidade afro-brasileira. A construção do Parque contou com apoio do Ministério da Cultura/ Fundação Cultural Palmares, Ministério do Turismo, Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), num total investido de R$ 2 milhões. Tudo para garantir a acolhida de atividades culturais e pedagógicas durante todo o ano, além de estimular e fortalecer as atividades dos grupos afro-culturais instalados em Alagoas e Região.
Quilombolas e religiosos de Matriz Africana em encontro nacional:
Remanescentes dos quilombos de vários estados do país e lideranças de religiões de matriz africana participam, a partir do próximo domingo, 18 de novembro, do Encontro Nacional de Comunidades Tradicionais: Quilombolas e Religiosos de Matriz Africana. O evento é uma realização da Fundação Cultural Palmares/MinC e será aberto, às 8h, com uma conferência sobre os Novos Instrumentos Administrativos para a emissão da Certidão de Auto-Reconhecimento e Regularização Fundiária dos Territórios Quilombolas. O painel contará com a presença de procuradores federais lotados na Fundação Cultural Palmares/MinC e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Outros destaque para o primeiro dia de programação ficam por conta de mais dois painéis. Um tratando sobre os Desafios e Necessidades de Pessoas Idosas nas Comunidades Quilombolas, a ser ministrado pelo médico Vitor Jorge Woytuski Brasil, da Fundação de Apoio e Valorização do Idoso. O profissional é mestre em Ciências, especializado em Saúde Coletiva, Educação em Saúde e em Gerontologia. No mesmo dia, outro painel irá tratar de Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas, o qual terá a participação de representantes da coordenação do Programa Brasil Quilombola, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Ministério do Meio Ambiente e Fundação Cultural Palmares. No dia 20 de novembro, o encontro segue com plenárias em torno da Organização Política das Comunidades Quilombolas, Constitucionalidade, Controle e Legitimidade das Comunidades Quilombolas e Plantas Medicinais e Sagradas.
Infra-estrutura:
O Parque Memorial Quilombo dos Palmares possui área construída de aproximadamente 10 mil metros quadrados. Está situado na área de 280 hectares da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares. A área da Serra da Barriga é tombada através do Decreto 95.855, de 21 de março de 1988 e é de responsabilidade e zeladoria do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares/MinC. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares conta com total estrutura: áreas de apoio ao visitante, locais para contemplação, restaurante, mirantes, uma réplica do Palácio onde viveu Zumbi dos Palmares, cabanas indígenas e fartas informações sobre o significado e a importância das lutas e experiências ali realizadas ao longo dos últimos 300 anos.
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